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Venezuela nega assédio contra embaixada argentina

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, negou, nesta segunda-feira (25), que as autoridades estejam sitiando a embaixada da Argentina em Caracas, após o governo de Javier Milei denunciar um “assédio” contra a sede diplomática.

Seis colaboradores da líder oposicionista María Corina Machado estão refugiados desde março na embaixada, incluindo sua chefe de campanha, Magalli Meda.

“Javier Milei é o fascista que governa a Argentina (…). Eu não sei o que ele chama de assédio a alguém na sua embaixada, não sei, realmente desconheço do que ele nos acusa agora”, disse Cabello em uma coletiva de imprensa semanal do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que governa o país caribenho.

O Ministério das Relações Exteriores da Argentina denunciou no sábado “atos de assédio e intimidação” contra sua embaixada e exigiu que a Venezuela emita “os salvo-condutos necessários” para que os opositores refugiados na sede diplomática possam deixar o país.

“O envio de efetivos armados, o fechamento de ruas ao redor de nossa embaixada e outras manobras constituem uma perturbação da segurança”, afirmou em um comunicado o Ministério das Relações Exteriores argentino, que também denunciou cortes de energia elétrica.

“Que paguem a luz, que paguem os serviços, nós não vamos dar nada de graça para eles”, ironizou o ministro Cabello.

O ministro afirmou que “acabou a impunidade na Venezuela”, em referência a Machado, que foi chamada de “terrorista” e se encontra na clandestinidade depois de denunciar fraude na reeleição do presidente Nicolás Maduro em 28 de julho passado.

A oposição sustenta que Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha após ser alvo de uma ordem de prisão, venceu as eleições.

“Acabou a impunidade para a terrorista María Corina, para os terroristas que a acompanham, para os que estão gerando violência, para os que pedem sanções (dos Estados Unidos contra a Venezuela)”, disse Cabello.

O Brasil anunciou em agosto que assumiria a custódia da delegação diplomática da Argentina com permissão de Caracas, decisão que foi revogada um mês depois.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que se recusou a reconhecer Maduro como vencedor das eleições presidenciais, disse posteriormente que continuará defendendo os interesses da Argentina.

 

 

Fonte: Jornal de Brasilia

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